ALMA REFÉM
Clara da Costa
Olho o vazio do depois,
vejo coisas que nada me dizem,
mascaro os pensamentos,
peço alegrias nas ilusões da noite.
Removo cada gota de tristeza,
danço um tango com o ar
tremendo de silêncios e feridas,
nessa tempestade revolta.
Revolta,
de sombras fugidias,
de insanas palavras,
de insanas rimas...
em minha alma refém.