ALMA REFÉM

Clara da Costa

Olho o vazio do depois,

vejo coisas que nada me dizem,

mascaro os pensamentos,

peço alegrias nas ilusões da noite.

Removo cada gota de tristeza,

danço um tango com o ar

tremendo de silêncios e feridas,

nessa tempestade revolta.

Revolta,

de sombras fugidias,

de insanas palavras,

de insanas rimas...

em minha alma refém.

Clara da Costa
Enviado por Clara da Costa em 10/06/2012
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