O Labirinto Ordinário

Saídas não são freqüentes

Luzes não mudam a escuridão

Vontade é a chave hábil

Para os iniciantes são os becos da resistência.

A bagagem crescente é o manual

Que constrói a sobrevivência

Escrita pelas linhas sinuosas do tempo

Adornada por pretensões e surpresas.

Desilusões são amigos comuns

No princípio dessa estrada

Porém, com as curvas percorridas

O que é medo depois se torna

A impetuosa centelha do ser.

Casulos de trevas se tornam escudos de luz

Imperiosas desilusões se tornam bárbaras satisfações

Língua alheia se torna a fina serpentina

E a remota liberdade se torna a mais ardente verdade.

Ao longo dessa insana trajetória

A moral é de que devemos rir de nossas cinzas

E de que a nossa eterna condição

Jamais passará da avenida dos meros aprendizes.

Diego Pedra
Enviado por Diego Pedra em 09/06/2012
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