O Labirinto Ordinário
Saídas não são freqüentes
Luzes não mudam a escuridão
Vontade é a chave hábil
Para os iniciantes são os becos da resistência.
A bagagem crescente é o manual
Que constrói a sobrevivência
Escrita pelas linhas sinuosas do tempo
Adornada por pretensões e surpresas.
Desilusões são amigos comuns
No princípio dessa estrada
Porém, com as curvas percorridas
O que é medo depois se torna
A impetuosa centelha do ser.
Casulos de trevas se tornam escudos de luz
Imperiosas desilusões se tornam bárbaras satisfações
Língua alheia se torna a fina serpentina
E a remota liberdade se torna a mais ardente verdade.
Ao longo dessa insana trajetória
A moral é de que devemos rir de nossas cinzas
E de que a nossa eterna condição
Jamais passará da avenida dos meros aprendizes.