Controle remoto
Se alguém bolasse uma ideia qual a minha,
Antes que cobrar direitos, cederia o posto,
Uma Tv que, fosse sensível ao mau gosto,
E detectando o tal, ela desligasse sozinha...
Tolheria enfim, essa cruel enfermidade,
A de presumir que haverá uma melhora,
Que o depois, virá bem superior ao agora,
Erradicando as ervas da mediocridade...
Mas, a “máquina de entortar homens “ até,
A distância pilota todo esse vasto estrume;
Aquilatando por água o fétido chorume,
O controle remoto, ah, quão remoto ele é!
Eu fecho a torneira abortando o veneno,
Mas, o óleo derramado polui vasto oceano;
Atrofia os neurônios de todo ser humano,
Em close o QI, nem nota que é pequeno...
Possivelmente faliria lançando algo assim,
Esse benfeitor que presumo, um visionário,
Mas, se vingasse haveria vida no berçário,
gosto de sonhar co’a vida, “I have a dream”...