Não foi por acaso
As pedras ao longo da vida
Como pistas aleatórias
Em meio às curvas transitórias
Feito peças do destino
Fantasias de menino
Ou falhas nas areias do tempo
Os vãos, perdidos momentos
Os abismos, fracassos, lamentos
Penhascos, mil sonhos ao vento
Meras perguntas sem respostas
Sem cor, sem sabor
Vertentes impostas
As pontes, a dor
Buracos,
Abalos sísmicos em meio aos fatos
E mais uma vez as pedras
Sempre as pedras!
Nas beiras dos rios
Às margens da vida
A lama, os veios
A certeza incontida
A viagem sem volta,
O caos, o beco
sem saída
A utopia distante
A inocência perdida
O horizonte, a revolta,
E novamente a dor...
Sempre a dor !
E então....?
Você !
Não!
Não foi por acaso
Jamais teria sido
Caso contrário
todo o resto
perderia de vez...
todo o sentido.