Ó, VIRGEM...

Ó virgem,

Santa Maria,

inclina teu sublime olhar,

do alto do seu excelso céu,

guardado por sua legião,

Para os rogos abrasados

d’um coração de dor singular,

Que te apresenta de baixo,

o órfão filho da perdição.

Seja pela manhã, pela tarde,

ou no tenebroso crepúsculo,

Minha prece por ti daí atenção,

ó virgem!

Ande comigo nas cinzas das horas,

mostre-me o obstáculo!

Seja na dor ou na alegria,

nos sonhos ou na vertigem.

Dos dias que eram cheios de luz,

que se foram...

Quando límpido era o céu

e nuvem alguma cobria o horizonte,

Julgaste que a negligencia e as omissões me invadiram,

E chamaste-me para ti,

para a vida como lhe consente.

Agora com a sombra do passado

Acompanhando-me como um cão negro,

Cobrindo meu presente,

das mais densas nuvens de tempestade...

Adorne ao menos meu futuro

Com suas luzes do céu,

do seu coração sagrado,

Luz, a sua luz,

que clareia fulgurante na eternidade.

Tomb
Enviado por Tomb em 31/05/2012
Reeditado em 31/05/2012
Código do texto: T3698392