Estou aprendendo a não discutir mais com a estrada.
Até porque, ela sempre me venceu de lavada.
Esteve sempre certa,
Dentro das cósmicas metas.
Então, quando ela me apresenta um mês de Maio,
Tão vagabundo, sem vergonha e safado como este,
Não mais me revolto,
Apenas choro...
Já não viro mais o balaio.
Abrigo-me nele!
Fico ali quietinho,
Escondidinho,
Interagindo apenas, com as árvores amigas.
Lindas!
Com os miquinhos e a passarada.
Ali entrego a alma,
Para perceber a direção melhor para a palma...
A menos sofrida,
Nesta já tão íngreme, subida.
Se a coisa aperta mesmo, como agora,
Com o Bob gravemente doente,
Sem saber se permanecerá com a gente,
Corro pro mar, sem demora.
Preciso de seu carinho específico,
Seu cheiro,
Sua canção explodindo em meu peito,
Sísmico.
Envolvendo-me em ternura
E me devolvendo à altura.
Maio nunca me foi amigo,
Há décadas, percebi sua implicância comigo.
Puxando para si, todo o ruim do ano.
Portanto, já não me engano.
Mas, este em que estamos, exagerou um pouco,
Na dosagem do sufoco.
Entretanto, nem as surpreendentes decepções,
Atrapalharam minhas percepções,
Muito menos a revisão
E finalização,
De meus três próximos livros,
O primeiro a sair será: "Amigo":
- Literal sentido -
O segundo "Ao Norte do Perceber":
- Para arrefecer -
O terceiro "Celebração Sideral":
- Festa total -
Uma trilogia,
Voltada para a definitiva alegria.
O estado de saúde de Bob está estacionado,
Como ele é velhinho, isto não me deixa sossegado.
Enfim, o que posso fazer, estou fazendo:
Está medicado
E, muitíssimo bem cuidado.
O resto é com o dia que vem nascendo...
Vídeo lindo
Arnaldo Antunes
"Ligado a Você"
http://www.youtube.com/watch?v=wVLdUTnuf7Q&feature=g-all-c