Plumas
Plumas, brumas, escuridão e noite.
Leveza no ar...
Sussurros que me conduzem
me libertam da fera
que suspira no ar...
Fera que me espreita,
bravia.
Medo que me assola...
me encanta!
Contradição das palavras,
do pensamento que empresta ao vento a fúria
que empresta à fera a ternura...
contradição, que ao peito escuta e espera.
Num redemoinho
me agito e me abato, procuro saída
no encanto do seu abraço
Que saída, Musa em sonho?
Quanto braço necessitamos para pousar o silêncio na nossa aurora?
Agora
sela o beijo com segredo e satisfação
que o tempo há de cobrar nossa alma...
além dos olhos.
Sonharemos então o impossível,
teremos a paz no infinito que está em nós.
Despertamos do sonho para cair na fantasia...
Ah, fantasia!
Encontro de almas na dimensão da poesia!
Flutuar num verso e ser apenas uma rima
em alma de poeta.
Candy e Nelson