Navegante

Ao longe se via a nau

A imagem de quem olhava do estreito

Era de que o navegante

Já conhecia o leito.

De mar em mar sumia

Faltando em horizonte.

A visão era tão bela

Que de mar parecia ser feito.

De repente a nau balança sem rumo

Perdendo o prumo.

O céu se cobre em escuridão

E a noite cai desvelando.

Seria isso ação instintiva da natureza

Ou a força do mar aliada a sua grandeza?

Seria o homem culpado de tal destino

Ou seria o destino o culpado do homem?

Para cada direção que o leme se solta

Outra força o traz de volta.

A noite se despede

Esquecendo seu furor.

A calmaria do dia

Conduz novamente a nau... vazia.

Pois que tudo leva pra frente

Até pé na bunda.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 23/05/2012
Reeditado em 29/06/2012
Código do texto: T3684157
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