Desde sempre em diante

Ao deleitar do meu medo eu sinto um pingo de inspiração...

Ao cair de meu sono me instigam as dúvidas de minha alma..

Minha cova me espera..ainda não cavada, mais bem medida...

De acordo com o que merece a minha moral...

Na minha frente há um destino a me esperar, e me parece cruel...

Pois quando nem bem tinha nascido já tive que me acostumar com a idéia de morrer

No colo de minha mãe não caibo mais, os gestos que me conviam fazer ja não

são aceitos por minha sociedade...

O tempo vai passando e eu ainda não sou o herói de minha nação...

Não que eu tenha algum mérito que me poderia colocar a esse posto..

Mas tão somente por que era isso que quando pequeno queria eu ser...

E vejo agora que não sou nem o héroi, nem o personagem principal de meus sonhos juvenis

Pois bem, vejo agora que a realidade tomou meu papel

O dia-a-dia mudou o roteiro...

E agora me vejo contra parede com um dilema a cabeça e um sonho fracassado

Talvez não fracassado, mas com certeza a merce de um certo pressuposto criado

pelos velhos ventos de não sei donde...esse tal qual o nome é o "destino"

Cruel sético indefinido que não recua em me incitar...

Trocando meu engenhoso plano bem sucedido, pela verdade que se passa em minha frente

E os dias são assim,des de sempre em diante, a realidade se instala cada vez mais

E os cavalos alados de meu mundo próprio perdem asas e caem sobre meus braços

e pesa e dói...

e caem e caem...