Vingança das Árvores de ouro

Olhos dourados, inquietos;

Asas borboleteantes.

Por ladrilhos incertos

Voa por selvas errantes.

O grande Rei já voltou

Cantam os pássaros: "regressou!"

As árvores mais antigas do outono

Cedem a raíz de ouro - o trono.

O grande inseto já pousa

Vultos, grande mariposa.

"Ele ó Rei, ele é o Rei!"

Diz o bosque como lei:

"Ele ó Rei, ele é o Rei!"

Na volta o rei trouxe planos

Contou sobre os desenganos

Da suja selva de pedra

Da crueldade discreta.

"Preparem-se para a guerra"

Clamou o Rei para a terra.

"Seres mágicos da floresta

É agora a nossa festa"

Do lado direito do Rei valente

Vem a ninfa, o fauno e a fada

Do esquerdo vem o Ente

E as feras em caminhada.

Vão invadir as cidades,

Vão tomar o que é de herança

"Árvore de ouro sem piedade

Aos que não cederem sua ância".

Esta profecia é lacrada

O rei já nasceu, mas desconhece

O poder que a ele merece.

Mas próxima é sua chegada.

A humanidade chama de agouro:

"Vingança das Árvores de ouro"

Os seres da mata ainda adormecidos

Chamam de 'vingança dos vencidos'.