Fidedignos
Teu sopro suave,
entre quatro paredes,
relutante, amante,
acaba por transformar nosso dia.
Dias por noites...
Noites diurnas,
coisas do além.
Além de meros lençóis cúmplices
das horas que se rendem ao nosso crime.
Teu corpo,
entre pernas e afins,
também relutante,
parte amante que cansa
nos atos que restabelecem o vigor.
a paz sonhada
da selva urbana
Esquecemos de qualquer sazonalidade.
E foi assim que chegamos à velhice,
onde caminhamos juntos,
onde todos os sorrisos se catalizam,
certos da escolha certa, por caminhos errados,
da desordem do quarto que nunca mudou,
do discurso certo para cada atmosfera nebulosa...
Na verdade não esquecemos da sazonalidade,
apenas juramos um ao outro
fidelidade à condição humana.