Incomoda-me a Morte
Olhinhos pequeninos e frágeis como o seu corpo,
Roupas sujas do abandono nas calçadas,
Misturas de tudo, sem cor, amorfo,
Noites mal dormidas e mal amadas.
Difícil é passar e tudo isso ver,
E seguir adiante, sem se importar.
Suspiro, mas no fundo do meu ser,
IGNORO, GIRO A CABEÇA E MUDO O OLHAR.
Penso: Quanta má sorte!
INCOMODA-ME aquela mensagem.
Livro-me dela desejando-lhe A MORTE,
Tenho medo de integrar-me àquela paisagem.
Fecho o meu nariz.
Odor nauseabundo que vem de dentro,
Faz-me cambalear,
Silencio: Algo me diz,
Que o meu lixo interno,
Está a se manifestar