Creio que exista uma pequena confusão,
Uma significante distorção,
Na interpretação do conceito,
Que as diferenças devem ser respeitadas.
Devem também, ser assimiladas.
Concordo, claro, plenamente.
Mas, vamos dissecar o que entendemos
Por diferenças,
Sem esbarrar em crenças,
Antes de pregá-las ao peito.
Posto que a verdade é uma só, é universal.
Tem o próprio universo como catedral.
Precisamos ampliar o que percebemos,
E muito mais o que entendemos!
Está mais do que na hora de desmistificar os vilões,
Com seus insuportáveis dramalhões!
O que deve ser respeitado tem que, obrigatoriamente,
Inegociavelmente,
Estar dentro do BOM.
Tem que ter um indiscutivelmente maravilhoso som.
Um comportamento negativo,
Destrutivo,
Desnecessariamente agressivo,
Depressivo,
Opressivo,
Irracionalmente compulsivo...
Ainda que psicológico,
É absolutamente ilógico,
Inaceitável,
Inafiançável.
Pior ainda, se for autossacrifício,
Em nome de ascensão social.
- Ilusão banal-
Catapulta ao precipício.
Trocando em miúdos:
É cosmicamente absurdo,
Alguém ter medo de gostar,
De se entregar,
Mas, achar completamente natural,
Fazer qualquer sacrifício em nome da ilusão,
Leia-se danação,
De uma ambição material.
Fere a Criação, em seus estatutos
Mais sérios e profundos.
Ser rico e sozinho,
Só serve pra comprar melhores vinhos.
Para melhor se embriagar
E mascarar
A humilhação de, nem com dinheiro,
Ter conseguido vivenciar um afeto por inteiro!
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