ASAS DO SILÊNCIO
ASAS DO SILÊNCIO
Como anjo vem chegando
Sussurrando de vagarinho
Vai cobrindo como um manto
Nossa alma e a paisagem
Ele nunca chega sozinho
Ás vezes vem cansado
Quer apenas adormecer
Embalando sonhos e pesadelos
Às vezes é doloroso!
Trás junto à solidão
Mas jura ser companheiro
Da amiga inspiração
A consciência grita por ele
Com ele sente-se íntima!
Desnuda seus segredos
Muitos pedem a ele
Um minuto de seu tempo
Pelas vidas que se foram
Silêncio! Pelas árvores que tombam
Pela dor da mãe que chora
A morte de seu precioso filho
Morto saindo da escola
Por uma bala perdida
Silêncio pela miséria
Dos que morrem de fome
Pelo abandono das crianças
Rolando nas ruas
Silêncio pelo planeta
A mãe terra que agoniza
Na ganância dos homens
Que depredam e poluem
Silêncio! A criança está dormindo
O velho descansa!O poeta cria.
Na inspiração do silêncio
Nasce a poesia.
Silêncio! Meu amor está dormindo.