Meu contrato
Segundos as clausulas da minha razão
O pensar de meu consciente
Priva-me dos direitos de amar
Que amar é para os tolos
Aqueles que não têm respeito por si próprio
Seguindo essa linha de raciocínio
E discordando dessa afirmativa
Assim digo:
Que nem toda razão em meu consciente
Impossibilitara-me de demonstrar meu amor
Ou mesmo diminuir meu amor próprio
Agora vamos à contradição dos fatos presentes
Dizem que amar é um dom
E que você já nasce com ele
Que é ele que transborda a alma de paz
Sendo assim como dizer que amar é tolice
E que a razão subjulga o coração
Que ser seria eu se me dominasse a razão?
De que se alimentaria meu coração?
Senão de amor... Em todas as suas formas
Escolher viver em razão te definha aos poucos
Mortifica a alma sem mata-la totalmente
Enfraquece as estruturas de seu ser
Chegando ao ponto de ficar cheia de si
Perdera-se em si mesma tal é seu ego
A dona razão a beira do colapso
A loucura tomando seu espaço
E você completamente fora de si
Vale a pena abandonar os sentimentos?
E a balança que nos sustenta?
Razão e coração
Nem tudo é só razão como também
Nem tudo é só coração
Ambos andam de mãos dadas
Conduzindo um ao outro
Ignorando assim as clausulas
Eu vou me deleitar
Por mais que razão queira
Quem comanda tudo é o coração