O ÚLTIMO POETA
Era o último poeta da Civilização
Vieram muitos progressos e a Terra
/ toda estava
construída
do Espaço se viam os blocos
organizados
com corredores de tráfego
multiplanos
e a solidez no espaço a gás neón
/ rebrilhante
As quinas e os arredondados
de um Outro Relevo ___não mais
/ Natural, as paredes
como geleiras e pontos
brilhantes
Tudo colonizado pelo Engenho
/ Humano
a tal ponto em nível mais alto
___que parecia desumano... ___
Com todo esse progresso foram
/ esquecendo do tempo
/ da palavra
e as coisas todas foram se esfriando
que se perdeu algo de mais valioso
O Segredo do Fogo
Tudo enregelado, campos
/ primaveras frondes fontes
/ e os ontens
de um florir mais agrário...
Pois chamaram o poeta ___ só ele
/ saberia as antigas mais
/ conjugações conjurações
/ da palavra
acendente.
Consultando o voo dos pássaros
da boca-alforge ele tirou duas
/ ou mais palavras e as
/ ajuntou num risco feito de ar
Aéreo o Sol acendeu
e as linhas dos caminhos todas
/ confluíram
para uma estrada irradiada de vida
/ e novamente
com força da Semente
se reacendeu o Mar
O procurar agora é achado. Havia
/ uma joia no escrínio
não mais guardado
Novamente se dando em luz___
/ Espaço Querido Retomado
Mas por todos os... lados !...