Marfim
Já não se espera mais o tempo, se faz o mundo uma corrida mal amada
Uma História que começa e onde o fim não se percebe...
Silêncio...
Deixo a dor ao pobre vento, mais esperto por ser sagaz, suave
Anda, anda, desanda, trova, cai
Em lamentos e davaneios recomeça, Desperta!
Em busca da sublime imperfeição, perece ao relógio um pouco mais a vida
E rodeada de pudor entrega-se ao fascínio, escrituras perversas, verdadeiros mimos, adornos de palavras ao enfeitar o mais puro dos corações...
Teu céu, Teu mar, tão meu quanto seu mundo,
Retratadas por crises de segundo, juntando a um milhão destes, altenardos na polaridade de minha essência,
Doce passado, incerto futuro, Inconstante presente
Perpétua mágoa prazerosa
Perfeita flor miraculosa
Se faz seu eu em minha mente!
Amo ser o sol, de cada dia aquecer o solo que abracei, as sementes que plantei, o meu queimar
E em portos inseguros naufrago antes de atracar
Renascendo na maré um navio a se desfazer, a afundar mais uma vez
E de novo adormecer em teu Mar!