Marfim

Já não se espera mais o tempo, se faz o mundo uma corrida mal amada

Uma História que começa e onde o fim não se percebe...

Silêncio...

Deixo a dor ao pobre vento, mais esperto por ser sagaz, suave

Anda, anda, desanda, trova, cai

Em lamentos e davaneios recomeça, Desperta!

Em busca da sublime imperfeição, perece ao relógio um pouco mais a vida

E rodeada de pudor entrega-se ao fascínio, escrituras perversas, verdadeiros mimos, adornos de palavras ao enfeitar o mais puro dos corações...

Teu céu, Teu mar, tão meu quanto seu mundo,

Retratadas por crises de segundo, juntando a um milhão destes, altenardos na polaridade de minha essência,

Doce passado, incerto futuro, Inconstante presente

Perpétua mágoa prazerosa

Perfeita flor miraculosa

Se faz seu eu em minha mente!

Amo ser o sol, de cada dia aquecer o solo que abracei, as sementes que plantei, o meu queimar

E em portos inseguros naufrago antes de atracar

Renascendo na maré um navio a se desfazer, a afundar mais uma vez

E de novo adormecer em teu Mar!

Batinga de Mendonça
Enviado por Batinga de Mendonça em 30/04/2012
Código do texto: T3641747
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