O Busto

Andei três passos com um santo,

e então vi que ainda sou profano;

andei mais uns três com um sábio,

e me vi tão distante do seu plano…

Paradigmas ímpares são espelhos,

onde mirando vemos o que passa;

vi pulsar em meu próprio sangue,

a moral das gangues, das massas.

Somos ousados, e até destemidos,

sobretudo por algo que queremos;

será o tal medo do desconhecido,

na real, medo do que conhecemos?

Acontece que domínios da paixão,

temos medo de pessoa misteriosa?

Aliás, não é essa esfera de mistério,

que lha faz , parecer mais gostosa?

Mas no campo da moral, e espírito,

disfarçamos nosso medo, ceticismo;

não cremos em nada nem ninguém,

que cremos tolher o individualismo.

São padrões, portanto, um desafio,

senda virtuosa, um convite à graça;

sem ignorar nem dar a eles o justo,

“honramo-los” um busto na praça…