INTEIREZA
Isto doeu de verdade
como dói o corte raso
para que brote
do velho tronco
mutilado
nudez de madeira exposta
o tenro talo
Só minha força a me forjar
ninguém mais
ou força alheia
A vida é dor
de eterna regeneração
E nesta autofagia, nós ainda
alimento da nossa própria fome
uma vez mais a antiga forma
renasce da teimosia e lucidez...
Passam em mim todos os choros
todos os risos
todas as dores
eu no palco e na platéia
espectador calado dos séculos
ator desta peça
desembestada no tempo
via e instrumento
grito e silêncio
só indo
só indo...
Isto doeu de verdade
como dói o corte raso
para que brote
do velho tronco
mutilado
nudez de madeira exposta
o tenro talo
Só minha força a me forjar
ninguém mais
ou força alheia
A vida é dor
de eterna regeneração
E nesta autofagia, nós ainda
alimento da nossa própria fome
uma vez mais a antiga forma
renasce da teimosia e lucidez...
Passam em mim todos os choros
todos os risos
todas as dores
eu no palco e na platéia
espectador calado dos séculos
ator desta peça
desembestada no tempo
via e instrumento
grito e silêncio
só indo
só indo...