LÁGRIMAS DA VIDA
Lágrimas solitárias
Que rolam caladas
Transportando agonia
Enxurrada de ira
Lágrimas contidas
Que sufocam sentimentos
Que são oprimidas
Nos mais críticos momentos
Lágrimas omissas
Talvez por preguiça
Ou podem ter secado
Pelo tanto que já tenham rolado
Lágrimas, cachoeiras de almas
Que rolam em abundancia
Ou serenas e calmas
Mostrando tolerância
Lágrimas escandalosas
Rios desesperados
Gostas que se esvaem, sem esperanças
Deixando os corações gelados
Lágrimas de alegria
Que transborda e contagia
Uma mistura pura e fina
De gotas e sorrisos
Lágrimas de saudades
Lago que se vai enchendo
De lembranças de amizades
Onde nadam as lembranças de cada momento vivido
Lágrimas da bondade
Que lava a crueldade
Uma gota límpida e pura
Que corre até ao mar do amor e a ele se mistura
Cascata que lacrimeja a verdade
Para diluir da mentira a maldade
Afogando os tumultuados sentimentos
Que só fazem confundir os pensamentos
Lágrimas que tentam salvar
Um coração agoniado
Que luta para purificar
Um coração envenenado
Lágrimas que molham um ombro amigo
Tranqüilizando um coração partido
Que brota até em rochosos corações
Diluindo ilusões
E lentamente vem alimentado
Os rios das sensações, que serenos vão levando
Para os tantos lagos atormentados
Todos os sentimentos que estão ligados
Passando pelas cachoeiras das agonias
E pelas muitas cascatas das alegrias
Até finalmente poder desaguar
Nas benditas lágrimas do mar de amar