REDIMIDA...
ANDAVA NAQUELA ESTRADA
SOZINHA...
PISAVA NA LAMA,
CHUTAVA AS PEDRAS,
E ME FERIA NOS ESPINHOS
SANGREI...
MANCHEI MINHAS VESTES,
SENTI O GOSTO DO SANGUE,
E GRITEI,
GRITEI...
MAS ESTAVA SOZINHA...
AS FERIDAS EXPOSTAS,
ABERTAS, DOIAM,
E QUENTES SANGRAVAM
MAIS AINDA.
E OS ESPINHOS FERINDO
MINHA CARNE INCESSANTEMENTE;
ENTREI EM PANE,
E CHOREI
CHOREI...
MAS CONTINUAVA SOZINHA...
...
CHEGUEI A UM RIO
DE ÁGUAS DOCES E CRISTALINAS,
O AZUL DAQUELAS ÁGUAS ME CONTAGIOU
E ME SENTI PARTE DAQUELE AZUL...
E ME JOGUEI NELAS...
ME SENTI REDIMIDA...
E AS ÁGUAS IAM
ME LAVANDO
E ME CURANDO
AS FERIDAS,
AS DORES ,
E AS CULPAS...
MEU SANGUE ESCORRENDO NELAS
E SE LAVANDO...
SE DISSIPANDO...
E SE FUNDINDO
NAQUELE AZUL...
MINHAS HEMÁCIAS SE TORNANDO AZUIS
SEM AQUELE GOSTO DE
CARNE SANGRANDO...
E GARGALHEI
GARGALHEI...
MAS JÁ NÃO ESTAVA SOZINHA.
AS VESTES LAVADAS,
AQUELE GOSTO DOCE,
AS FERIDAS CURADAS,
E MEU SANGUE "AZUL"
ME AQUECIA.
E EM JUBILO
EU FLUTUAVA,
EU SABIA JESUS CRISTO
HAVIA PASSADO ALI...
EM COMUNHÃO,
LEVE,
ME SENTINDO ILIBADA
NOS BRAÇOS DE DEUS
MEU PAI REMIDOR
(PENSAMENTOS E PALAVRAS STELLA MARIS 01/2012)