ERVA DANINHA

Tão venenosa e invasora esta "erva daninha",

meneando e se entrelaçando no jardim

em meio aos lírios e aos jasmins,

e a bela rosa.

Esta daninha erva, sugando

o doce e a cor da rosa,

anestesiando-lhe a dor

para consumir-lhe a "flor".

Silenciosamente sufoca-lhe a vida

contorcendo seus caules

com suas mortíferas raminhas

de erva daninha.

E vai lhe roubando o

néctar da flor moça

que cheira a jasmim.

E enternecida a flor moça

se envolve com a dependência

desta daninha.

Oportunista a erva

a contorce e a modifica,

a erva sabe que a pobre está

subjugada e alheia.

Lentamente a "daninha"

absorvendo-lhe a vida,

a formosura

e o néctar apurado

da flor doce e deslumbrante.

E vai se esvanecendo

o visco e o prumo de flor

bela e esguia.

Totalmente seduzida pelo

falso abraço que a estrangula

ela se sente amada

e se entrega mais ainda

a esta voraz e sorrateira "daninha".

E a flor se perde em devaneios

e se deixa estrangular

pelas rígidas e entrelaçantes raminhas.

A flor moça dependente

da dependência da erva daninha

nem sente esvaindo-lhe

sua doce vivacidade

de flor moça, deslumbrante.

(Pensamentos e palavras Stella Maris 01/2012)

Pensamentos Stella Maris
Enviado por Pensamentos Stella Maris em 16/04/2012
Reeditado em 31/08/2015
Código do texto: T3615630
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