ERVA DANINHA
Tão venenosa e invasora esta "erva daninha",
meneando e se entrelaçando no jardim
em meio aos lírios e aos jasmins,
e a bela rosa.
Esta daninha erva, sugando
o doce e a cor da rosa,
anestesiando-lhe a dor
para consumir-lhe a "flor".
Silenciosamente sufoca-lhe a vida
contorcendo seus caules
com suas mortíferas raminhas
de erva daninha.
E vai lhe roubando o
néctar da flor moça
que cheira a jasmim.
E enternecida a flor moça
se envolve com a dependência
desta daninha.
Oportunista a erva
a contorce e a modifica,
a erva sabe que a pobre está
subjugada e alheia.
Lentamente a "daninha"
absorvendo-lhe a vida,
a formosura
e o néctar apurado
da flor doce e deslumbrante.
E vai se esvanecendo
o visco e o prumo de flor
bela e esguia.
Totalmente seduzida pelo
falso abraço que a estrangula
ela se sente amada
e se entrega mais ainda
a esta voraz e sorrateira "daninha".
E a flor se perde em devaneios
e se deixa estrangular
pelas rígidas e entrelaçantes raminhas.
A flor moça dependente
da dependência da erva daninha
nem sente esvaindo-lhe
sua doce vivacidade
de flor moça, deslumbrante.
(Pensamentos e palavras Stella Maris 01/2012)