22:00 tsc.
"Era o barulho do telefone, ele estava tocando, alguém ligando, ela nervosa, não sabia se podia sair do lugar - Seria ele? Falando de saudade e todas as coisas que talvez ela não gostasse mas que queria ouvir - Ela, complicada. Não se mexia, só escutava. Decidiu ir. Foi. Chegou, pegou o celular devagar. Não, não era ele. Ela não sentio nada. Não fez nada. Colocou o celular no mesmo lugar e voltou pra tudo que fazia antes, mas com uma diferença. Voltou com ele no pensamentos, nas vontades. E mais tarde ela vai deitar e não, engano seu, ela não vai pensar nele. Ela apenas vai deitar, rezar como todos os dias, é um sono tranquilo, como ela tem tido esses dias. Talvez ela acorde no meio da noite, mas logo voltará a dormir. Isso não faz sentido. É sempre a mesma bagunça de sentimentos. O celular toca, ligações, mensagens, lembranças, fotos. Ela não espera mais. Não deveria mesmo esperar. Andam dizendo por aí que ela se acostumou, talvez sim, talvez não (...) E quando menos se espera não se sabe mais do que todo esse desabafo se trata. Ela se perde, mas sem panico, não precisa de muito tempo pra se encontrar. Ela mudou. Talvez nem percebam, mas ela mudou. Ainda bem."