Cortesia da casa
Todos os dias, calmo.
Entre cortinas, alvo.
Pedaço de rima,
cortesia da casa...
na verdade, a minha casa vazia.
Mudamos de valor,
aliteramos o sabor do preço,
e eles ouviram,
sim,
eles ouviram.
Eu, a fio, escrevo esses devaneios que gritam
cá nos bolsos amarelados, para suportar
essa sensação de te ver a tantos metros
dos meus gritos.
Todos os dias, calmo.
Todos os dias, clamo.
Refiro-me a mim, apesar dessa vida antes nossa,
agora em terceira pessoa.