Cortesia da casa

Todos os dias, calmo.

Entre cortinas, alvo.

Pedaço de rima,

cortesia da casa...

na verdade, a minha casa vazia.

Mudamos de valor,

aliteramos o sabor do preço,

e eles ouviram,

sim,

eles ouviram.

Eu, a fio, escrevo esses devaneios que gritam

cá nos bolsos amarelados, para suportar

essa sensação de te ver a tantos metros

dos meus gritos.

Todos os dias, calmo.

Todos os dias, clamo.

Refiro-me a mim, apesar dessa vida antes nossa,

agora em terceira pessoa.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 14/04/2012
Reeditado em 24/02/2016
Código do texto: T3612352
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