TOMO POSSE DE UM ESPAÇO
Pencas de rosas se derramam
de meus dedos
São versos
Eles figuram passarinhos mansos
de macias plumas
escorregando vermelhos amarelos
/ e azuis entre
folhas de árvores
Minha mão está imersa
em Canto
E o espanto da vida subtrai a realidade
Tenho vontade de amar
com os versos
Dispersar as gotas de orvalho com
/ a preenhidez das gordas
/ nuvens que trazem
chuvas
Fertilizar a terra com pontos
que unam a vida
fazendo a rosa de uma só pétala...
Descoberta do Amor... Pote de Flor...
Coloco um espelho de cheio meio
na finura mais fina da Terra
Coloco um penso retrato do momento
Bebo célere golpes de vento do céu
/ ___há mel também no
/ chapéu enrolado
tomo posse de um espaço pra ser
mais amado
Os versos rosas miudinhas se aninham
no papel