É só uma vontade de não te perder.
Tive medo.
Sim.
Medo das pessoas,
do espectro das grandes cidades,
da ausência de luz
em dias de caos.
Pensei não haver mais poesias,
pensei não haver mais
motivos para amores banais,
e mantive-me no medo,
medo do telefonema,
das declarações,
da burocracia
em plena democracia,
medo das lágrimas que não se veem...
Até achar cá, bem ao meu lado,
a maior mentira sobre o medo...
não tenho medo;
é só uma vontade de não te perder.