Encruzilhada de pensamentos I
Um sem-fim de vezes estou no meio
Justo no meio de um horizonte incerto
Removo as turbulentas águas
que circundam paisagens
e criam naufrágios assombrosos
Apanho branca espuma que cavalga
sobre as ondas
Ondas enjoadas
e brinco com elas
Troco-me em uma partícula insignificante
Em uma imagem imperceptível
furtiva caminhante
alheia
de nenhum sítio
Som em um instante aquilo que jamais eu não quis ser,
nada
A mente: “encruzilhada de pensamentos”
rola pela pendente de derradeiras
demências