Faço poemas com amor
e os dou à luz
​​Todos
 fecundados 
nas minhas profundezas
Concebidos nas minhas entranhas
Afetos gerados no âmago de mim

Cada qual tem uma singular gestação
Chegando por fim a hora sua
Seguindo o fluxo natural da poesia
conforme a lua
Primeiro, vêm as contrações do coração
que vão aumentando...
Depois, estoura a bolsa dos olhos
e sinto o dilatar da alma

Alguns nascem de um parto bonito
com suspiros e sorrisos
Outros porém de um parto dorido
em meio a prantos e gemidos
Enfim... aliviada os contemplo
 
Poemas são como filhos
E esses como os dedos das mãos 
diferentes e igualmente queridos
 
Alguns filhos poemas
me dão orgulho e alegria
Outros, todavia
 preocupação e agonia
(esses ainda em formação)  
Enquanto a esperança...
também cresce aqui dentro
​​E o que eles me darão?
Somente a arte da criação...
o tempo...
e v​​ersos em oração...

Eles me dirão um dia

Dos poemas tantos que fiz
 meu mais belo se chama "Filipe"
o qual dedico ao Senhor.

(Este poema faz parte da minha coletânea Asas de Mim, e também Asas para meu filho, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro)

 
 
Alada
Enviado por Alada em 04/04/2012
Reeditado em 20/11/2021
Código do texto: T3593962
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