Que seja!

Meus instintos mandam,

e se fazem surdos para tuas dores,

se suportam escondidos no suor,

se apresentam nas arestas

do teu corpo.

Instinto de nós dois,

animal,

poético,

a coisa boa de estudantes postos

à prova em tardes quentes de Abril.

Sugerimos atos,

artigos, experiências equivocadas

típicas de noites sem fim,

mas o instinto não se dá por extinto,

e fechamos a porta bem devagarzinho,

tal qual nosso amor

que reclama, aceitando todo esse calor

dessa cama que espera há muito.

Agora, nossos instintos se fundem e fingem bem...

o que denominamos amor.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 02/04/2012
Reeditado em 05/04/2016
Código do texto: T3590154
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