Que seja!
Meus instintos mandam,
e se fazem surdos para tuas dores,
se suportam escondidos no suor,
se apresentam nas arestas
do teu corpo.
Instinto de nós dois,
animal,
poético,
a coisa boa de estudantes postos
à prova em tardes quentes de Abril.
Sugerimos atos,
artigos, experiências equivocadas
típicas de noites sem fim,
mas o instinto não se dá por extinto,
e fechamos a porta bem devagarzinho,
tal qual nosso amor
que reclama, aceitando todo esse calor
dessa cama que espera há muito.
Agora, nossos instintos se fundem e fingem bem...
o que denominamos amor.