A pergunta que não queria calar

O óbvio não mostra a essência, não se engane.

Se a sensibilidade for pouca, não julgue.

O ódio é a máscara que ofusca o anseio,

o desejo do que deveria ser, e não foi.

Silêncio não cala pergunta.

Maldita seja a palavra não dita!

A introspecção promove o ponto final a reticências,

e dá continuidade ao que deveria ser fim.

A singularidade dessa prisão, de certa forma,

se torna plural nas coincidências,

e se torna explícita

quando a expressão não cala,

assim como fez a boca.

A falta, por fim será resposta.

Só não preencherá o vazio

que tomará conta do que antes era,

apenas

a pergunta que não queria calar.

E, se não entender isso,

de nada adiantará...