Indiferença e Dor
Falta-me o chão
O ar é venenoso
O coração é leigo e teimoso
Assim sou
Assim estou
Mergulhado em um ninho de cobras
Exilado no mundo das memórias
Pois apenas lá sobrevivo
Diante da realidade inexisto...
A dor grita soletrando meu nome
A solidão ri me abraçando infame
Meus olhos vão se fechando para teu mal
Teu doce amor infernal
Recheado de falsas promessas e conceitos
De um carinho cheio de segredos
Onde aquilo que tanto amei
Hoje descubro ser apenas a caixa de pandora
Simples e livre reação que me ignora...
Para todo o sempre era brincadeira
Da mesma forma que tudo que me disse
Outrora esqueceste
Pena que não viu o quanto te amo
O quanto te adoro
Não lembrou que quando estava sozinha
Apenas a mim recorreu
Somente eu te consolei
Nas lagrimas e dores
Fui o único que te abracei
Então vá e andas com estes que chama de “amigos”
Porque me cansei de ser o seu palhaço
Fica com Deus, pois é só ele que cuida de você desta vez
Fria e mundana insensatez...
O sangue escorre como água da chuva em meu rosto
Descendo dos olhos a boca
Salgado é meu pranto vermelho vinho
O único que derramo no silêncio
Onde a noite me esconde
O vazio me consome
Deixando uma casca seca sem vida
Chateada e esquecida
Que aos poucos vai se entregando a indiferença
Tão dolorida é a tua presença.
“Sonho com um mundo que todos serão tratados da mesma forma que o fazem, sem medo nem maldade, dor ou inverdade.”