Sarcasmo

Afugenta de tua frente, a tua dor.

Experimenta com a mão fechada, agredir.

Enfrenta quem mais desejas, como um senhor.

Alimenta de ódio o peito, volta a sorrir.

Despreza os conceitos bestas que te ensinaram.

Embeleza teu culto interno com ouro alheio.

A reza que tanto ouviste, serviu de asseio,

às torpes feridas que fabricaram.

Dilui do teu corpo o sangue que te ofertaram,

expulsa do peito o amor que te ensinaram,

e odeia o mundo inteiro, para seres forte.

Arranca de tuas mãos o afago impune,

e se preciso, forma do mundo, estrume,

e pisa a lama, avança e enfrenta a morte.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 19/07/2005
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