Sarcasmo
Afugenta de tua frente, a tua dor.
Experimenta com a mão fechada, agredir.
Enfrenta quem mais desejas, como um senhor.
Alimenta de ódio o peito, volta a sorrir.
Despreza os conceitos bestas que te ensinaram.
Embeleza teu culto interno com ouro alheio.
A reza que tanto ouviste, serviu de asseio,
às torpes feridas que fabricaram.
Dilui do teu corpo o sangue que te ofertaram,
expulsa do peito o amor que te ensinaram,
e odeia o mundo inteiro, para seres forte.
Arranca de tuas mãos o afago impune,
e se preciso, forma do mundo, estrume,
e pisa a lama, avança e enfrenta a morte.