Detalhe

Descrevo-me e falo em alto e bom som,

Na nota singela e única de uma canção,

No solo do violão da alegre ou triste canção.

Sou amor, encanto e magia,

A loucura de um sonhador,

A lucidez da exata razão.

Nos versos e trejeitos da poesia,

No trabalho duro e árduo da ociosidade

De quem vive o raciocínio da filosofia.

Sou o vento que toca o mar,

Sou o planeta incontáveis em grãos.

Sou a lua e o sol que enfeitiça.

Sou o recuo na batida do coração.

Não me preocupo com o futuro.

A vida, eu deixo seguir seu curso.

De tudo eu sou um pouco.

Sou lúcido e louco...

O medico e o paciente.

Em rabiscos eu pinto

Entre o lápis o pincel.

Na tinta ou aquarela sem compasso sem régua.

Impressiono os críticos, sou o mito do artista.

Desenho-me e me retrato sem tela.

Pro meu tempo dou trégua.

Se a sorte passa por mim com o arreio,

No sonho eu ando em pelo...

Pois prefiro a liberdade do vento em meu cabelo.

Que a sorte de viver presa, acorrentada à futilidade do conceito.

Sou do doce o amargo,

Sou quase nada,

Sou algo que falta, mas, fala.

Uma coisa pequena imperceptível,

Mas, que faz a diferença.

Da vida

Sou que falta em você,

o Detalhe.

Janaina Barbara
Enviado por Janaina Barbara em 27/03/2012
Código do texto: T3578898