É óbvio.

Toda a raiva

se aquietou com a perversão

dos espelhos.

Riram,

zombaram,

mantiveram a nódoa

entre um e outro,

a imagem e o reflexo,

a poesia e suas esmolas,

entre eles e mim.

Entre e sirva-se, meu filho.

E é penoso saber que venho manipulando

toda essa estória desde seus prismas

até o vinho devolvido por horas a fio

ante o espetáculo dos joelhos que evitam espelhos.

Não é caso de óbito, é óbvio.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 25/03/2012
Reeditado em 13/03/2016
Código do texto: T3575725
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.