médicos

cortei o maior barato, e nem vi o caminho

tropecei em pedra de granito

abriu um buraco no dedão, e sangrou

a rua cheia de lama, deu uma imagem pior

mas era muito sangue, e eu não podia voltar

continuei o meu caminho, sem voltar mesmo

quando finalmente parei, lavei a ferida, que doía

a água batendo no corte, ardia e eu chorei

as lagrimas caiam e ninguém perguntou nada

alguns ficaram com pena, outros se divertiam

mas continuei o meu caminho, não tem jeito

cada vez que pisava. O sangue lá estava

e o inchaço chegou ao máximo, mas continuei

o sangue já coagulava, e parou de sangrar

também parou de doer, apenas o inchaço continuou

fui dando voltas, até chegar, e cheguei

no caminho de dor, não tinha ninguém

ou se tinha, não apareceram,

quando a ferida curou, apareceu uns médicos

até disseram que me haviam ajudado,

sorri, e deixei pra lá, ninguém gosta de doentes

luiz machado
Enviado por luiz machado em 22/03/2012
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