Inocência
Um dia você me perguntou,
O que você quer?
E eu respondi, eu não sei,
Esta tudo tão confuso,
Acho que estou perdido...
E isso passou e depois disso,
Nos perdemos e esquecemos,
É impressionante como anda tudo depressa
E quando percebemos não somos mais os mesmos,
Eu aprendi que a verdade,
Nem sempre é esperada,
A maioria prefere se enganar,
Será que demorei a entender?
Você se foi e com o tempo,
Deve ter me arquivado nas memorias,
Em algum canto escuro,
De seu subconsciente,
Então num dia, quando chegamos aos trinta e tantos,
Essa pergunta faz mais sentido que nunca
E tudo que eu queria agora era comandar o tempo,
Porque me disseram que eu comandaria o destino,
Mas como sempre estavam equivocados...
Estou voltando, cansado de tantas voltas,
Tantas idas e vindas...
Oh eu nunca entendi, eu nunca aprendi,
Agora muito tempo se passou e
Ainda giro em círculos e o momento
Passou e passou e eu agarrei,
Mas mesmo assim ele me escapou...
E já não sou assim tão jovem
E não sou mais tão louco,
Eu romântico esperei as coisas caírem do céu
E elas caiam e era a chuva e o gelo,
Devia eu ser um construtor?
Preenchendo as lacunas, sem pensar em nada,
Porque se você pensa, nunca vai a lugar nenhum,
Porque se parar para pensar, você vai ficar sempre no.
Seu próprio labirinto, fazendo cálculos.
E planos e nunca darão em parte alguma.
E acho que fiquei meio chato,
Não sei se queria que me visse assim,
Mas queria trazer você para mim,
De novo e de novo,
Um infinito de nos dois,
Voltando ao tempo,
Quando eu era inocente, quando tudo era.
Inocência e inconsciência...