Contradigo-me e logo posso sentir
Eu não sei dizer palavras com sentidos,
eu só queria um amigo que aprontasse meu abrigo
para chorar comigo,rir meu riso,levantar um esconderijo,
sem perguntar o que digo,apenas compreender o que sinto.
Quisera eu, consolar meu pranto, derramar meu canto, ecoar meus sonhos, disfarçar meu espanto sem ter que acordar.
Pudera eu descer das nuvens, falar baixinho,jogar meus instintos e poder voar. Mas, nada fiz de imediato. Eu andei a passos largos para a dor, compus a agonia por demasia do amor. Eu quis o mundo, a cor...
Para colorir teus dias, criar sem partida a intenção do acaso.
Para quê tudo isso?
Merecer para aprender?
Esquecer é preciso doer?
Crio coisas e sentimentos na contradição, na indagação e na tormenta.
Palavras revelam o que língua não interpreta e o que o coração detesta.
Eu dou “adeus ,mas não parto. Quero eu correr para o teu abraço, não esconder o que faço, simplesmente para te fazer feliz.
Injusto destino, parou sem pensar, me permitiu te encontrar sem entender porquê. Apenas sei que teu sorriso acalma a tempestade,
Que se fez habilidade da minha emoção.
Aprendo que paciência executa-se quando tudo se espera,
no momento em que a dor apela para a vida poder viver o que é dela, sem esquecer os sentidos, convertendo o caminho para uma quem sabe,uma possível nova inspiração.