Contradigo-me e logo posso sentir

Eu não sei dizer palavras com sentidos,

eu só queria um amigo que aprontasse meu abrigo

para chorar comigo,rir meu riso,levantar um esconderijo,

sem perguntar o que digo,apenas compreender o que sinto.

Quisera eu, consolar meu pranto, derramar meu canto, ecoar meus sonhos, disfarçar meu espanto sem ter que acordar.

Pudera eu descer das nuvens, falar baixinho,jogar meus instintos e poder voar. Mas, nada fiz de imediato. Eu andei a passos largos para a dor, compus a agonia por demasia do amor. Eu quis o mundo, a cor...

Para colorir teus dias, criar sem partida a intenção do acaso.

Para quê tudo isso?

Merecer para aprender?

Esquecer é preciso doer?

Crio coisas e sentimentos na contradição, na indagação e na tormenta.

Palavras revelam o que língua não interpreta e o que o coração detesta.

Eu dou “adeus ,mas não parto. Quero eu correr para o teu abraço, não esconder o que faço, simplesmente para te fazer feliz.

Injusto destino, parou sem pensar, me permitiu te encontrar sem entender porquê. Apenas sei que teu sorriso acalma a tempestade,

Que se fez habilidade da minha emoção.

Aprendo que paciência executa-se quando tudo se espera,

no momento em que a dor apela para a vida poder viver o que é dela, sem esquecer os sentidos, convertendo o caminho para uma quem sabe,uma possível nova inspiração.

Ingrid Campêlo
Enviado por Ingrid Campêlo em 18/03/2012
Código do texto: T3561616
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