Hoje
Hoje quero o sabor dos paladares.
Hoje quero do algodão das nuvens, a maciez.
Do calor do sol, o frescor.
Dos pingos lânguidos da chuva, a cor.
Hoje quero seguir sem censura,
Pisar a rua, nua e cheia de tudo.
Hoje quero novas medidas,
Pra não viver nas medidas da desmesura.
Hoje quero um canto solene de aves.
Das orquestras, os desenhos dos gestos.
Do cortejo, os galanteios despretensiosos, sublimes e populares.
Da risada, o palhaço melodioso.
Hoje.
Porque no hoje, encontro o ontem e o amanhã.
Hoje.
Porque é a partir dele que se “está”,
E nele se “é” e se virá a ser!
http://apoesiaprevaleci.blogspot.com/2012/03/hoje.html