MEUS VERSOS SÃO DE PEDRAS...

Cato versos (sem ser Poeta) na seara de Pedras,

observo,

perscruto problemas.

Não tenho hipóteses...

tampouco canto palpites...

Repugno placebos sentimentalóides,

Minha musa é a objetividade...

Objetividade crua da vida...

O Outro, meu Deus, não é um sistema,

O Outro, meu Deus, não é teoria,

O Outro, meu Deus, não é uma verdade provisória,

O Outro, meu Deus, não é rótulo a serviço de trivialidades poetiqueiras.

Viver (afora os ratos de sempre) não é pastar engolindo navalhas?

Das crateras martelam vãs ladainhas:

“espera, meu filho”

“espera, meu filho”

“e s p e r a”

Cato versos (sem ser Poeta) na seara de Pedras,

observo,

perscruto problemas.

Prendo-me ao cotidiano...

interessam-me os contextos ou

vamos, me responda: testículos de tigre provocam virilidade?