Na partida.

Quem parte deixa uma eternidade.

Quem fica se abraça a esperança.

Mas nas caixas não cabem a saudade

Sobra esta dolorosa parte da herança.

A incerteza de uma volta que corrói

No café matinal posto sobre a mesa

No silencio impregnado deste ar

Fica o frio sob o lençol nesta noite.

Do banho que não lava esta saudade

Umedece o rosto as lembranças molhadas.

Há um grito sufocado preso na garganta

O amor que tudo viveu agora se espanta.

A partida carrega uma parte da gente

Aquela que não se sustenta em alimentos

Aquela que não descansa lentamente

Penso nela com um canto de lamentos.

Toninho.

06/03/2012.

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 10/03/2012
Código do texto: T3546959
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