Cobra azul

Cobra azul

Pelejei a noite toda feito um louco, mas

me salvei da cobra azul, acertei uma

pancada forte que a parou um pouco.

Mas me olhava em pose de bote, saltei

na canoa dourada e de brilho forte tive

muita sorte.

O céu não era da cor azul, era sombrio

mal via a água da lagoa, a cobra estava ali

numa boa.

Pensei em regressar pra findar e matar a

cobra, mas vou mostrar só o pau.

Ela sabia que eu ia lá, a cobra ficou a minha

espera, ela queria me exterminar.

Tive um sonho com a cobra azul sedutora

e camuflada.

De língua afiada, ligeira e abusada, eu corri,

ela deu risada.

Estou ainda pasmado com o veneno do olhar

da serpente cruel.

A cobra não sabe perder, ela quer que eu me

arraste com seu fel.

Eu não vou ser sua vitima fatal e não quero ver

seu extermínio lento no rio de lágrimas com

sangue e gesto crucial.

http://poetadefranca.blogspot.com/

O NOVO POETA. (W.Marques).