Baile dos mascarados

É tudo plástico

Tudo estereotipado

Tudo capa de revista

Íntimo estampado

Sentimento calculado

Pessoas que agradam a vista

E depois deixam de lado

A simpatia forçada

Que não dura quase nada

Pois a máscara cai, até na hora errada

Meia dúzia de comentários maldosos

Tentam passar despercebidos

Disfarçados junto apelidos melosos

Baixeza com o requinte merecido

Sorrisos encantadores

Sons difamadores

Que saem por entre os dentes

Dessa gente sem coragem

Quem julga mais erros é gente

Nisso são competidores

Julgam e condenam, nos outros

Coisas que eles mesmos fazem

Cria-se uma rotina

De troca de personagem

De uma forma cretina

Santifica-se uma imagem

E facilmente se ensina

Como vilões se fazem

Eles escondem seus 'quem'

Garantem-se no seu 'o que'

É o baile dos mascarados

Pra eles vale a imagem que tem

Que santos não são

Mas fingem ser

O outro que é sempre o errado

Máscaras de todo tipo

Para covarde, não aceito e oprimido

Incapaz ou sem personalidade

Para quem de honra é desprovido

Para viver em sociedade

Para ter o que não teria tido

Se mostrasse quem é de verdade

Por eles o melhor não será obtido

Pois melhor gosto está na realidade.

Jucely Regis
Enviado por Jucely Regis em 09/03/2012
Código do texto: T3544481
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