Das Borboletas

Ao findar a chuva aparecem os primeiros olhos

Curiosos olhos felizes e esfomeados

Donos dos seus devidos solos.

Com o retornar do astro rei

Insetos retomam voo, formigas voltam ao trabalho.

E as borboletas...

Borboletas sem rumos fazem sombras e voam através dos tempos

Com objetivos incógnitos, vão em coloridos enlouquecidos.

Se vão, como os ventos jamais esquecidos...

São arco-íris vivos, sem agonias ou contratempos.

Borboletas são tão frágeis e enamoradas

Imponência e imanência do majestoso

Com seu voar ébrio desconcertante

Deuses levantam de seus tronos e aplaudem.

Borboletas vão de encontro à perfeição

Trovões se calam e vulcões resfriam-se

No infinito do espaço se faz um silencioso eco

Tão perto da magnitude sem emitir um só som.

Nos anéis de saturno o soturno definha

Amplo brilho se faz ofuscando a vida

Nas suas asas a essência, aquarelas no tom

Tudo isso só visto aos olhos do bom.

André Anlub

SITE: poeteideser.blogspot.com/

Poeteideser® - Pena & Pincel®

Contato: andreanlub@hotmail.com