Da Arte

Primeiro marquei meu horizonte

Em um traço negro em declínio

Deixo a inspiração fazer domínio

Depois me embriago na fonte.

Pintores são fantoches e fetiches

Sobem em nuvens ou caem em piches

Respiram a mercê de sua cria

São puros profetas à revelia.

Tudo podem e nada é temível

Nem mesmo perderem o dom

Sabem o quão infinito é o tom.

Seus corações de loucos palpitam

E no cerne que neles transitam...

Saem às cores do anseio invisível.

André Anlub

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