***O PODER CEGA O SER HUMANO***

Amanhece mais outro dia gélido e muito triste,

Apesar de tão bela luz fulgurante do nosso sol

Meu eu frágil e indeciso, não mais nem resiste

E humildemente reverencio a mais um arrebol!

No meu coração há uma dor amarga

Que se mistura a tanta contradição

A estrada sinuosa não é mais larga,

Se assemelhando ao fim de uma missão!

Quanta maldade no vil ser humano

Que degrada até os bons sentimentos

Notas por notas, talvez, um minuano,

Num salão da vida tão sem compartimentos!

Empalideço diante tanta injustiça

E posso quase tocar na ignorância

O homem e o bicho se amestiçam,

Babam e berram na mesma consonância!

E a tão sonhada e utópica educação

Não pode mais sequer, ser cogitada

O pouco ou o muito poder cega o coração

E se sobrevive, mesmo que inconformada!

Mas, como intentar mudanças em alguém?

Acho que não se tem a mínima chance...

O que é mal, convence o puro tão bem

E o ímpio fica fora de qualquer alcance!

Entretanto, não nos consegue sequer

dirigir o maldito vermelho olhar

Talvez, por medo da verdade não ser

previamente ofuscada,

Sempre óculos escuros para a retina não se queimar

E nunca sair do mundo negro de uma vida rebuscada!

Animal rastejante, bicho mau e peçonhento

Já não sabe nem mais ousar o teu sonhar,

Na cruel hipocrisia de uma grande turbulência

Chega a ser de todos bichos, o mais nojento,

E com isto o melhor da tua história acaba por exterminar!

Irlene Chagas

A Poetisa Do Amor

Irlene Chagas
Enviado por Irlene Chagas em 23/02/2012
Código do texto: T3514803
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.