Será?
Será mesmo que os homens devem prejudicar,
A tudo e a todos, a fim de escapar,
Das guerras travadas em si,
Enquanto não se encontrar?
Será mesmo a saída,
A única porta espremida,
Por onde se possa entrar,
Causar dor e sofrimento,
Ao próximo animal-irmão,
Falares mal, julga-los sem razão,
Como podem se animar?
Será o Universo tão pequeno,
Pra que tenhamos tanto veneno,
Sentindo-nos imperadores dos céus,
Rasgando todos os véus,
Com o intuito de a todos conquistar?
Ou será,
Que somos tão pequeninos como um grão,
A vagar por pedaço tão miúdo de chão,
Que fazemos parte de um todo existente,
Que tanto o Rei, o pobre, o Tenente,
Devem darem-se as mãos?
Ou ainda,
Devemos matar, castigar, destruir,
Os frutos das composições naturais,
Homens, plantas e animais,
Os quais juntos formaram a nós,
Os pais, as mães, os avós,
Que nos geraram para continuar,
A nossa forma de vida,
Até virarmos comida,
Quando esta vida deixar.
Edivanio Leite