Dos persuadidos

Coloca um salto muito alto nos pés

Boca vermelho sangue

Micro vestido e bolsa da moda

Junta com mais duas ou três da sua gangue.

Não há homem que não aprecie

Não há suspiro que se segure

Pode transformar-se em pesadelo ou sonho

Saciando o fetiche mais bisonho.

Há um modo mais evidente de não opinar em nada

Ficar a cargo dos atrozes meios de comunicação

Temperando seu cérebro e deixando à marinara

Almejando o modismo da ocasião.

Persuadir é como uma feia obra de arte

Quase sempre usada para fins escusos

Tão inebriante como a pior cachaça

Um desocupado encéfalo “à la carte”.

Mas dizem que nem tudo está perdido

A dita opinião própria ainda existe

E a mesma insiste em estar no seu convívio

Mas isso não seria estar “auto-persuadido”?

André Anlub

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