Mar de desprezo
Andarei por anos tormentos,
feito tempestade ao vento,
recobrirei meu ser com um manto,
escuro e manchado com o luar...
Pularei todas as cercas da solidão,
acompanhado com quem estiver comigo,
serei mais que um amante, um amigo,
mesmo sabendo que teu amor,
é o que me atrai, o que preciso...
Abrirei meu coração e esnobarei o que sinto,
não serei maçante nem chato,
não serei um poço de repetições a teu gosto,
morrerei quantas vezes for preciso,
esconderei sempre o indefinido.
Por fim, me jogarei do precipício,
de braços abertos, entorpecido de adrenalina,
pelo teu corpo de mulher, pensamento de menina,
que me afaga em desprezo, no mar da esperança,
aconchego...