Não sei com que alma escrevo
nem com que sinceridade,
As letras eu não planejo,
são as palavras que me invadem
E me chegam com um beijo n'alma
e a oração de um padre...

Sinto-as implantadas em mim
como a mais pura das verdades!

E certeza eu nunca tenho...
Dos poemas que componho
Misturam-se a minha emoção
E me chegam como um sonho
Acordando-me à razão...

Se nem de mim eu sei ainda
Tão pouco sei desses caminhos...
Que de pergaminhos vem,
soletram ao meu ouvido,
pedem folha,pedem pena...

me fazem perder o sentido
Quase como um desdém,
Assim me chegam os poemas...
São versos que vem a mim,
são palavras de ninguém...

E a jornada eu suponho...
Como uma meta, uma missão
Uma poesia no compasso,até fora de estética...
Mas sempre de coração,arrancada a ferro e a fogo
Com amor...choro ,dor e solidão...Uma fórceps,um parto
com desejo e sofreguidão...

Minhas verdades, um sonho que almejo...
Poemas, emoção e desejos ...são fontes de inspiração
E tudo que eu componho
é ditado ao coração...


Ser Poeta é ter as mãos e alma livre
pra receber a poesia ,
Ter emoção a flor da pele
E sonhos,muitos sonhos...e tantas outras fantasias!

Receber a poesia...é assim...
é receber um beija-flor no jardim d'alma !




Quando a inspiração não vem...
Se instala um grande vazio...
É como esperar um amor que partiu,
é como perder um Bem!
E mesmo vendo a beleza pela janela
não enxergamos nada...
Ela a alma não tem...




A inspiração foi em Fernando Pessoa,
porém,sinto cada palavra saída de m'alma...



  
Nalva Sol
Enviado por Nalva Sol em 15/02/2012
Reeditado em 15/02/2012
Código do texto: T3501017
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