Ainda faço o que quero...

Terna, ainda me mantenho

Ainda fico surpresa

Do sonho ainda sou presa

Ao que creio, sou fiel.

Ainda o céu eu desenho

A partir de uma espiral

E quando eu cerro o meu cenho

Eu pareço colegial.

Ainda sorrio livre

Como se a ordem reinasse

Poeta, não crio impasse

Vivo além do trivial.

Por mim, não reinava o mal

Nem a guerra se faria.

Na hora de cada dia

Toda a existência ideal.

Para quê homens na lua?

Satélites nos controlando?

Polícia na nossa rua?

Governo pra submundo?

Ah, que bom que é questionar

Como se ordena esse caos

Ideias embaralhar

Semear o irracional.

Governo o meu próprio mundo

Ao tic do sentimento

Vou à Marte num segundo

Viajo no pensamento.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 10/02/2012
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